Morre em Brasília, aos 87 anos, o jornalista Paulo Cabral

G1

Foi enterrado na manhã desta segunda-feira (21), em Brasília, o corpo do jornalista Paulo Cabral, que morreu no domingo (20), aos 87 anos, vítima de leucemia. Amigo do fundador dos Diários Associados, Assis Chateaubriand, Cabral foi o último condômino do grupo – que abrange jornais, rádios e TVs – a ser escolhido diretamente por Chatô, um dos homens públicos mais influentes do país nas décadas de 1940 e 1950.

Ao longo da carreira de jornalista, iniciada aos 12 anos de idade, Paulo Cabral dirigiu por 22 anos os Diários Associados e presidiu de 1994 a 2000 a Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Nascido no Ceará na década de 1920, Paulo Cabral se interessou cedo pelo jornalismo, mas também chegou a exercer cargos políticos, como o de prefeito de Fortaleza. Ele deixa oito filhos, 20 netos e 10 bisnetos.

Para o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, Cabral tinha a profissão de jornalista “nas veias”. “Paulo Cabral de Araújo tinha o jornalismo nas veias desde os 12 anos, quando editou o primeiro jornal estudantil em Fortaleza, no Ceará, cidade da qual foi prefeito na década de 1950. De lá para cá, foram 75 anos dirigindo jornais, rádios e TVs com sensibilidade e competência, que o levaram a presidir por 22 anos o Condomínio Acionário dos Diários Associados e a Associação Nacional de Jornais, nos anos 1990”, disse o ministro, em nota oficial.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, ressaltou o papel fundamental de Paulo Cabral no combate à censura. “Ele foi, sem dúvida, um dos mais combativos jornalistas do país. Lutou com destemor e coragem contra a censura imposta aos meios de comunicação no regime militar”, destacou.

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