Folha denuncia Marconi

Ainda está para ser totalmente levantada a história do setor farmacêutico em Goiás. Na última década, o estado abriu inúmeras facilidades fiscais, além de frouxidão na fiscalização, que permitiram o aparecimento de laboratórios, atacadistas e indústria das liminares em combustíveis. Há indícios de que dinheiro do jogo de bicho tenha sido aplicado em alguns desses setores. E, aparentemente, houve envolvimento de autoridades estaduais para convalidar o modelo.

A Folha de hoje traz matéria (clique aqui) sobre o inquérito envolvendo laboratórios farmacêuticos em esquemas de licitação em São Paulo. Dois laboratórios desapareceram do inquérito. Um deles, de familiares do ex-governador goiano e atual senador Marconi Pirillo, político com estreitas ligações com o PSDB paulista.

A informação da Folha traz dados curiosos:

Uma das acusadas, a Halex, pertence a Heno Perillo, primo de Marconi Perillo, ex-governador de Goiás e senador do PSDB. Segundo a matéria, “o nome do político aparece anotado à mão, ao lado do de Heno, na ficha de formação societária da empresa que integra a documentação da operação.”

Na matéria, Perillo afirma nunca ter intercedido pela empresa do primo. Mas as investigações foram conduzidas pelo Ministério Público Estadual, Polícia Civil e supervisionadas pela própria Casa Civil do governo Serra.

Posso estar enganado, mas nunca soube da Casa Civil se envolvendo em qualquer investigação criminal. Não faz parte de suas atribuições, a não ser que tenha repercussões políticas.

Concretamente:

A Casa Civil do governo paulista participou de um inquérito em que, no meio do caminho, foi retirado o nome de uma empresa goiana que pertence a um primo do aliado político de Serra, Marconi Perillo - que é suspeito de participar da empresa.

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