Senadores de Goiás gastaram 128 mil com verba indenizatória

O Senado pagou cerca de R$ 2,2 milhões de verba indenizatória no primeiro trimestre de 2009, informa reportagem do site Congresso em Foco (www.congressoemfoco.com.br). Os números mostram que os parlamentares goianos – Demóstenes Torres (DEM), Marconi Perillo e Lúcia Vânia (os dois do PSDB) – gastaram juntos R$ 128,53 mil de janeiro a março com o benefício, que se não for usado integralmente fica acumulado para os meses seguintes.

As planilhas mostram que Demóstenes, Lúcia e Marconi usaram quase a integralidade da verba em janeiro, quando o Congresso Nacional está em recesso – gastaram ao todo R$ 44.499,56. Naquele mês, o gasto total dos senadores que declararam as despesas com a verba indenizatória para a mesa diretora do Senado foi de R$ 862.815,61.

Os números divulgados pelo Congresso em Foco não incluem os gastos de 21dos 81 parlamentares, que ainda não foram publicados no site do Senado. A verba indenizatória é um benefício mensal de R$ 15 mil para cobrir gastos dos parlamentares referentes ao mandato. Os gastos estão divididos em cinco modalidades: escritório político, locomoção e combustível, material de expediente, consultorias e divulgação.

Em janeiro, o maior gasto de Demóstenes foi com divulgação, R$ 10 mil, segundo a prestação de contas apresentada pelo senador. Lúcia fez a maior despesa com combustível e locomoção – R$ 12,5 mil. Marconi gastou mais com o escritório político, R$ 7.087,42, de acordo com as planilhas publicadas. Em fevereiro, os três usaram R$ 43.661,60 do total mensal de R$ 45 mil disponível.

Em março, Demóstenes aplicou a maior parte da verba no pagamento de consultorias – R$ 9.320,46. Lúcia informou R$ 11.012,82 de despesa com o escritório político e Marconi, 7.137,97 com locomoção e combustível. O tucano foi o único a não usar todos os recursos a que tem direito – gastou R$ 10.369,85, mas pelas regras em vigor ele poderá usar a diferença – 4.630,15 – no decorrer do ano.

Rubricas
Segundo a reportagem do Congresso em Foco, na prestação de contas dos senadores a rubrica predileta dos parlamentares no primeiro trimestre foi a que reembolsa despesas com locomoção, alimentação, hospedagem, combustíveis e lubrificantes. O levantamento mostra ainda que as prestações de contas dos 62 senadores que pediram ressarcimento em março apontam para uma economia de R$ 170.285,63 mil quando comparadas aos gastos que eles apresentaram em fevereiro, mês das primeiras denúncias sobre o uso indevido do dinheiro destinado às atividades do mandato.

Em fevereiro e em março, locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes também foi a rubrica em que mais dinheiro foi gasto pelos senadores. Eles foram ressarcidos, nesses dois meses, em R$ 374,5 mil e R$ 187,3 mil, nessa ordem, segundo as planilhas publicadas no site do Senado.

Nos três primeiros meses do ano, o gasto com esses cinco itens atingiu cerca de R$ 923 mil, segundo as planilhas do site do Senado. A segunda despesa mais efetuada pelos senadores foi com o pagamento dos escritórios políticos. De novo o mês de janeiro chamou a atenção pelo fato de, mesmo em recesso, os senadores terem gasto mais do que em fevereiro e março, quando retornaram às sessões.

No dia 22, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o projeto que autoriza a divulgação de gastos de agentes públicos na internet. Pelo projeto, as mesas da Câmara e do Senado, o presidente da República, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) podem divulgar os gastos destinados ao reembolso – as chamadas verbas indenizatórias – de despesas efetuadas por seus agentes públicos, no exercício de suas funções. A proposta inclui os gastos efetuados com cartão corporativo, usado, entre outros, pelos ministros.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

UM POUCO DA HISTORIA DE TÔNICO TOQUEIRO

Motociclista após colidir com caminhão no Bairro Capuava

Prefeitura inicia obra do Monumento das Bençãos