Operação termina com dois mortos na Mangueira; polícia apreende armas e drogas

Uma operação realizada pela Polícia Civil terminou nesta quarta-feira com dois homens mortos e dois feridos na favela da Mangueira (zona norte do Rio). Houve confronto entre policiais e traficantes. Como protesto, três ônibus foram queimados na região. Na favela, a polícia afirma ter encontrado um paiol com armas e drogas. O objetivo da operação era cumprir mandados de prisão --não foi informado o número de mandados expedidos-- e chegar ao paiol, já investigado. Quatro pessoas foram presas, sendo três em flagrante. Entre os alvos da operação estava o homem apontado como o chefe do tráfico da favela, conhecido como Pit bull. Policiais dizem que ele teria sido baleado durante confronto, mas não foi preso. Os nomes dos mortos não foram divulgados, mas, segundo a polícia, ambos teriam envolvimento com o tráfico de drogas. Ficaram feridos um gari --encaminhado para o hospital municipal Souza Aguiar-- e um policial civil --atingido por estilhaços. Segundo balanço, foram apreendidos dois fuzis, uma metralhadora antiaérea, duas pistolas, uma escopeta, cerca de 200 kg de maconha e porções de cocaína e de haxixe. A Policia Civil informou que também foi localizado um caderno com a contabilidade dos criminosos --em uma das folhas, a arrecadação somava R$ 974 mil. Participaram da operação policiais da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), da 17ª DP e da Delegacia de Atendimento ao Turista, com apoio de policiais da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e da Polícia Militar. Ônibus queimados Três ônibus foram queimados na região, como protesto contra a ação policial. As ruas Visconde de Niterói, Ana Neri e Fausto Barreto foram parcialmente interditadas. Um grupo chegou a atacar um quarto ônibus, mas o fogo foi controlado pelo motorista, com o extintor do veículo. No início da tarde, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame afirmou que a operação na favela da Mangueira está dentro da normalidade da atuação da polícia na cidade. É mais uma das operações que temos feito normalmente. A polícia identificou a necessidade de ir àquele local, no sentido de subtrair dali armas e munição e infelizmente a comunidade, que é ligada ao tráfico, reage dessa forma [com a queima de ônibus]. Mas nós não vamos recuar e voltar atrás com as nossas ações, disse.

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